quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ciganos a bordo


Pra começar bem e com uma história forte! Rsrs

Bom, era uma vez uma linda sexta-feira , primeira semana no trabalho novo, acordando todos os dias as 5h30 da manhã, frias manhãs, pra se ajustar ao novo horário. A sexta chegou... finalmente!! O dia mais feliz da semana. Já sonhava com a minha sonequinha dentro do ônibus.

O dia foi produtivo e talz... mas finalmente o relógio deu 17h30. Feliz e pimpona sai da agência, e apesar do cansaço fui feliz pra rodoviária, pensando vou dormir no busão. Pra contextualizar, o ônibus que pego é de viagem, então dá pra tirar o cochilo. Voltando...

Entrei na rodoviária cantando, fui pro guichê retirar a minha passagem, aí então me deparo com algumas ciganas, elas não era simpáticas como essa da imagem, era não pareciam asseadas, dentes de ouro, pés sujos e roupas exóticas. Pensei, “há com tanto lugar pra ir, elas não vão pro mesmo lugar que eu”. Doce ilusão. Elas furaram a fila, chegaram ao guichê e começam a tirar aquele dinheiro amassado das pochetes e pediram “ 5 passagens pra Engenheiro”, com toda aquela educação.

PUTZ!!! Pra Engenheiro também... Ok, são apenas 5 ciganas mesmo, pensei. É só sentar longe. Comprei minha passagem e desci pro embarque. Aí então fomos surpreendidos novamente, não eram apenas 5 ciganas, era umas trocentas!!! Estavam acampadas ali perto do ônibus, sentadas no chão, falando POKO alto e gritando com as crianças.

Mas como era sexta-feira, muitas outras pessoas iam pegar o ônibus, então tinha a fila pra entrar no ônibus e o acampamento de ciganas.

A fila foi entrando porque o motorista barrou as ciganas, aí já começou um pequeno barraco, o motorista falando que era pra elas ficarem quietas se não ele ia pedir a documentação da pirralhada, e elas gritando indignadas por não poderem furar a fila dessa vez.

Embarquei e percebi que ao invés de cada um ir sentando sozinho nas janelas, as pessoas foram se concentrando na frente do ônibus, eu CLARO, arrumei meu lugarzinho na frente também. O povo foi entrando... aí então chegou a vez das ciganas. Entraram arrastando as tamancas pelo corredor e chingando o motorista.

Após elas entrarem, entraram alguns rapazes, que ficaram em pé ali na frente, eu POKO curiosa, perguntei por que eles não sentavam lá atrás. O rapaz educado me disse, “moça, olha pra trás”.
Só então vi que o acampamento do chão da rodoviária tinha ido pro fundo do ônibus, literalmente! Elas sentaram no chão do corredor, e ali ficaram, impediram qualquer passagem. Isso tudo na rodoviária. Durante o percurso o ônibus vai pegando mais passageiros. Então imagina o quão lotado o ônibus ficou.

E aquele monte de gente conversando, meu soninho foi pro saco! Mas antes fosse só a conversa. As ciganas foram cantando durante TODO o percurso, com suas lindas vozes e super afinadas, claro! Os vidros também foram abertos, pois o cheiro de humanidade não era dos melhores.

Finalmente após 40 min. de viagem o ônibus chegou a Engenheiro. E eu pude descer.
Oh sexta-feira!

OS: Gente nada contra ciganos, mas a experiência foi chocante.

Um comentário:

  1. Nossa, que experiência heim... rsrsrsr
    Aroma do campo, muita educação, lindas vozes em harmonia, poderia haver algo mais prazeiroso?

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