Sweet Milly: 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Parte I – Encarando a Solidão

Já aviso que este será um texto longo e profundo, se não quiser ler não comece, pois você vai querer saber o final. É verdade!

Vamos lá... 24 de fevereiro de 2011 eu resolvi começar um blog pra relatar tudo o que eu ia começar a viver, e isso vai fazer quase um ano.

Morar sozinha não deve ser tão difícil, você pensa. E olha depois que você pega o jeito, realmente não é! Mas até lá... rsrsrsrs. Você assiste muitos filmes com pessoas morando sozinha, e acha que vai ser o máximo, posso dizer que é bom e você aprende muito, mas olha, nem tudo são flores, e quero falar de tudo com ênfase na parte ruim, porque a parte boa todo mundo aproveita, mas e os espinhos, você vai agüentar?

Por muitas vezes pensei em comprar um cachorro pra me fazer companhia, mas porque fazer isso com o bichinho, afinal, eu trabalho o dia todo e gosto de passear no final de semana, ele ficaria muito sozinho, coitadinho. Além do fato da minha casa ser um ovo, então, nem ia rolar. E até hoje não comprei o meu cãozinho, mas o dia chegará até o nome já escolhi “Théo”. rsrs

Pois bem, no início da minha jornada tive companhia, uma amiga morou comigo por alguns dias, e acreditem é ótimo ter a companhia de uma pessoa que você ama e se dá super bem. E olha foi divertido, mas cuidar de casa pra quem nunca tinha lavado um banheiro foi uma experiência cansativa. E até a máquina de lavar roupas chegar, putz! Torcer toalhas na mão acredite não é uma coisa fácil e eu não recomendo pra ninguém.

Mas então o dia da partida chegou, e minha amiga precisou voltar pra rotina dela, deixou algumas coisas em casa, pois ela voltou para passar algumas noites, mas não como antes. Após a despedida, entrei na minha casa e me deparei com a solidão e o silêncio. Respirei fundo e confesso que algumas lágrimas rolaram, e o pensamento fixo “e agora?”. E agora você liga a TV para tirar o silêncio que tanto perturba. Mas os programas de TV não terão mais graça como antes porque os seus comentários ficam ao vento. Então você vai dormir.

Acorda no dia seguinte e a rotina volta a ser a mesma. Mas com uma diferença gritante, ninguém pra dividir suas risadas e seus pensamentos, e muito menos suas contas. Daí você sente a responsabilidade de cuidar da casa sozinha, arrumar tempo para pagar as contas sozinhas, e continuar pensando “será que vou me acostumar?” – Relaxa, você vai se acostumar, e aprender a gostar. Mas nesse momento eu ainda não sabia disso.

Eu ainda não tinha amizade na cidade, então a solidão no início realmente não era minha escolha. E os sábados à noite, que você pensa ser super divertido, não será... serão forever alone. E nessas horas você quer falar com alguém, mas quem? Sua conta de celular não vai deixar você falar muito tempo com ninguém. E pra casa, se você ligar, bom, eles vão te ouvir do mesmo jeito que irão te buscar no dia seguinte. Mas ainda é cedo pra desistir. Então você repete pra você mesmo, que isso vai passar e foca no trabalho, afinal você passa a maior parte do dia por lá.

Bom, sobre o trabalho, eu conto melhor amanhã.